sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Detentos esperam ansiosos pela visita do Papa neste domingo



O Complexo da Penitenciária de Rebibbia fica na periferia de Roma, na Itália

Cresce a expectativa pela visita do Papa Bento XVI ao novo Complexo da Penitenciária de Rebibbia, na periferia de Roma (Itália), neste domingo, 18. O encontro com os quase 300 presos e funcionários será na Igreja do Pai Nosso. Lá, o Santo Padre responderá algumas perguntas dos detentos e, por fim, abençoará uma árvore plantada diante da igreja como recordação da visita.

Para o capelão da Penitenciária de Rebibbia, padre Pier Sandro Spriano, a visita do Pontífice servirá também para chamar a atenção das autoridades e da sociedade quanto aos problemas sofridos pelas instituições carcerárias da Itália e de todo mundo.

"A Igreja, na sua expressão maior que é o Papa, vem até aqui para dizer 'nós estamos com vocês', e isso é importante. E depois que a visita possa também ser o prelúdio de um gesto que convença os políticos a fazerem algo urgentemente para resolver o problema da superlotação, que reduz a dignidade de todos. Mas é sobretudo uma visita pastoral; e queremos ouvir que a Igreja está próxima”, salienta padre Spriano.

Este encontro com o Papa significa muito para os detentos, porque assim eles se sentem “envolvidos naquilo que é a Igreja de forma universal. O Papa pensa também neles e, assim, não se sentem os 'últimos' da grande Igreja, que é peregrina, orante. Certamente o Papa dirá alguma coisa de especial a ele, assim, eles estão felizes e contentes”, completa Irmã Rita Del Grosso, que há 8 anos trabalha na penitenciária de Rebibbia.

Para ela, ser voluntário numa penitenciária exige um olhar sensível às necessidades dos outros e é preciso se desprender do próprio tempo. “Para mim, consagrada, significa ser uma presença de consolação, é chorar com quem chora e alegrar-se com que se alegra”, salienta.

Mas por que uma pessoa escolhe este tipo de voluntariado? A religiosa responde que este trabalho é impulsionado pelo desejo de doar e dividir o bem que se tem e se recebeu.

“O voluntário ou a voluntária, com seu estilo de vida, com o seu modo de se relacionar com estas pessoas, com a capacidade de ver em primeiro lugar a pessoa e não o preconceito, penso que contribui para o crescimento de uma cultura de acolhimento ao diferente”, destaca a religiosa.

No Brasil, a Pastoral Carcerária desenvolve um grande trabalho na promoção e defesa dos direitos humanos e na recuperação da dignidade dos detentos.

fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=284619

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