sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

QUARESMA




Origem da Palavra

"Quaresma" provém do latim "Quadragésima" e significa "quarenta dias" ou, talvez mais apropriadamente, o "quadragésimo dia". Outras línguas de origem latina expressam essa idéia, como "Carême" em francês, "Quaresima" em italiano, e "Cuaresma" em espanhol. O termo latino, por sua vez, é a tradução do termo grego "Tessarakoste" (quadragésimo), com certa ligação ao termo "Pentekoste" (Pentecostes - quinquagésimo), cuja celebração se dá no 50º dia após a Páscoa. Já os países anglo-saxões, usam o termo "Lent", de origem teutônica.

Conceito de Quaresma

A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor, cuja duração é de 40 dias. Tal período, portanto, inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. O período é, assim, marcado pela penitência, pela realização constante de jejuns, pela conversão e pela preparação dos catecúmenos para o batismo.

No início da Quaresma, na Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis têm suas frontes marcadas com cinzas, como os primitivos penitentes públicos, excluídos temporariamente da assembléia (lembrando Adão expulso do Paraíso, de onde vem a fórmula litúrgica: "Lembra-te de que és pó..."). Nos dias que se seguem, redescobrem o significado do batismo e se esforçam para tomar a cruz e seguir fielmente a Cristo. Aprofundam, então, o ódio que sentem pelo pecado e são ajudados em seus esforços pelas orações em comum.

Esse tempo de penitência é bem recordado pela liturgia: as vestes e os paramentos usados são da cor roxa (no quarto domingo da Quaresma, pode-se usar o rosa, representando a alegria pela proximidade do término da tristeza, pela Páscoa); o Hino de Louvor não é recitado; a aclamação do "Aleluia" também não é feita; não se enfeitam os templos com flores; o uso de instrumentos musicais torna-se moderado, apenas sustentando o canto, etc.

Portanto, o tempo da Quaresma é um momento forte para a prática penitencial da Igreja, "particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras de caridade e missionárias)" (Catec.Igr.Cat. nº 1438). O mesmo pode-se aplicar a todas sextas-feiras do ano, tidas como dias penitenciais, cf. cân. 1250 do Código de Direito Canônico.

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