''Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão'', disse João Paulo II na mensagem para o Dia Mundial da Paz, em 2002
Neste
sentido, “o conceito de perdão precisa encontrar seu caminho nas
negociações internacionais para a resolução de conflitos, a fim de
transformar esta linguagem estéril de recriminação mútua que não conduz a
lugar algum”, enfatiza por sua vez Bento XVI.
O Pontífice
recorda que os recentes sínodos sobre a Igreja na África e no Oriente
Médio colocaram em evidência que “erros e injustiças históricas podem
ser superados somente se os homens e mulheres forem inspirados por uma
mensagem de cura e esperança, uma mensagem que oferece um caminho de
saída aos impasses que frequentemente bloqueiam as pessoas e as nações
num círculo vicioso de violência”.
Bento XVI lembrou também que a encíclica de João XXIII, Pacem in Terris,
escrita numa época em que o mundo temia seu fim diante de uma guerra
nuclear, tem muito a nos dizer hoje. A mensagem foi um apelo para a
inteligência e o coração da humanidade, que não se esquece de lutar pelo
valor universal da paz.
Assim – afirma Bento XVI – a Pacem in Terris
se torna uma carta aberta ao mundo, um apelo de um grande pastor que já
estava no fim de sua vida, para que a causa da paz e da justiça fosse
vigorosamente promovida em todos os níveis da sociedade, tanto no âmbito
nacional quanto internacional. Todavia, a mensagem daquelas páginas
escritas há 50 anos tem muito a dizer ao mundo de hoje.
"Desde
1963, alguns dos conflitos pareciam insolúveis, naquele contexto
histórica. Comprometemo-nos, então, a lutar pela paz e pela justiça no
mundo de hoje, confiantes de que nossa busca comum da ordem estabelecida
por Deus, de um mundo onde a dignidade de cada pessoa humana é
concedido pelo respeito que é devido, pode e poderá dar frutos", conclui
o Papa.
A 18ª Sessão Plenária da Pontifícia Academia das
Ciências Sociais começou na sexta-feira, 27, e segue até esta
terça-feira, 1° de maio.
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