Batismo Pelo sacramento do
Batismo celebramos o nascimento para a vida nova de Jesus Cristo. Somos
colocados no Mistério de Cristo (Rom 6, 3-4), e começa em nós a vida de
Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Assim como Cristo morreu e
ressuscitou, nós também morremos com Cristo e com Ele nascemos para a
vida nova (Jo 1, 15). São Paulo nos diz: "Com Cristo morremos para o
pecado e com Ele nascemos para a vida nova" (Rom 6, 2-4). E nos tornamos filhos
de Deus em Jesus, pessoas novas. Deus nos renasce em Jesus para sermos
filhos e irmãos uns dos outros. Por isso o Batismo nos coloca na
comunidade. Somos Igreja. Nessa comunidade todos se esforçam para viver
no amor que é a vida de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Essa é a vida
eterna que tanto desejamos e que agora começa e deverá se desenvolver
mais em nós. Deus nos liberta
enquanto, pelo Batismo, nos comprometemos com o próprio Deus, com as
pessoas e com as realidades humanas, não somente para vivermos a vida de
Deus, mas para descobrirmos e denunciarmos em nós o pecado, as
situações de pecado e aquilo que gera o pecado impedindo-nos de nos
realizarmos como gente e vivermos o Evangelho. Todos nós somos então
missionários e apóstolos no meio do povo. Somos Igreja, Povo de Deus,
marcados por um sinal especial do seu amor para vivermos no mundo como
homens novos segundo o projeto com Deus pelo Espírito Santo no amor dos
irmãos. A água que usamos no
Batismo tem o sentido de vida. Nós batizados vivemos a vida de Deus,
vida que é libertação. Na medida em que vivemos essa vida dia a dia,
vamos descobrindo tanto a realidade de Deus que é vivo em nosso meio,
como as situações de pecado. Isso nos leva a tomar posição para
transformar, libertar e fazer o Reino de Deus presente no mundo. A comunidade, que nos
recebe, caminha conosco. Por isso nos prepara para o Batismo nosso e de
nossos filhos através de um "Curso de Batismo". A gente precisa
entender e acreditar no que realiza a comunidade presidida pelo
sacerdote, pelo diácono ou ministro especial do Batismo. Todos somos
responsáveis e temos de dar bom exemplo de vida e de compromisso na
comunidade aos que foram batizados ou são nosso afilhados. Às vezes
alguns pensam que a pessoa não foi bem batizada por isso está doente ou
dá trabalho. Isso não é verdade. É mais certo dizer que os pais e
padrinhos não deram bom exemplo e não souberam educar na fé, por isso o
filho ou afilhado não é boa pessoa. O importante é o que a comunidade
realiza, a Fé que nos leva a aceitar Jesus e seu programa de vida.
Devemos viver a vida nova de Deus mesmo que tenhamos de nos sacrificar
até o fim. A Crisma Jesus passou três
anos mostrando com palavras e obras que Deus é Pai e que seu Reino é de
Amor, de Fraternidade, de Perdão e de Justiça. Os apóstolos escutavam,
mas não entendiam muito bem. Um dia eles receberam o Espírito Santo que
lhes deu o entendimento de tudo, da vida e das palavras de Jesus. Eles
ficaram corajosos e começaram a fazer pregações, ensinando as coisas de
Deus e começaram a viver com Jesus viveu. O sacramento da
Crisma é a confirmação na Fé. Nós recebemos a graça de Deus no Batismo. A
vida de Deus Pai, Filho e Espírito Santo está em nós; agora recebemos a
confirmação dessa vida e uma presença nova do Espírito Santo que nos dá
força e coragem para vivermos nosso compromisso com Deus e com os
irmãos, mesmo que custe sacrifícios (Atos 8, 4-25; 19. 1-7) O Espírito Santo nos
santifica e faz de nós missionários. Nós seremos sinais e testemunhas de
Deus no mundo e levaremos a todos a Palavra de Jesus, anunciando o
plano de Deus de viver conosco e nossa realização plena de pessoa humana
em Jesus, e denunciando com coragem e com a própria vida tudo o que
está destruindo a gente e impedindo de vivermos dignamente. Recebemos esse
sacramento quando formos adultos e estivermos prontos para enfrentar a
vida. O Espírito Santo nos ensinará a viver no amor de Deus e dos
irmãos, nos ensinará todas as coisas (Jo 16, 13), nos confirmará como
filhos de Deus e nos reunirá na comunidade, onde somos irmãos de todos
em Jesus. A Eucaristia Jesus ao celebrar a
última Ceia em sua vida, depois de Ter comido o cordeiro e de Ter dado
uma grande lição de humildade e de amor lavando os pés dos apóstolos,
pegou o pão, deu graças ao Pai, dividiu o pão entre os apóstolos
dizendo: "Tomai e comei , isto é o meu Corpo". E o mesmo fez com o vinho
dizendo que era seu sangue a ser derramado como sinal da Aliança do
amor de Deus com todas as pessoas. E terminou dizendo: "Fazei isso em
minha memória" (Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25) Lc 22, 19-20). Jesus se deu a nós em
forma de alimento e mandou que fizéssemos isso para anunciar cada vez a
sua vida e morte e proclamar sua ressurreição. Ele criou esse modo de
se oferecer ao Pai e de permanecer conosco como companheiro, alimento e
força de libertação. É um mistério da Fé. Deus nos amou demais e quis
ficar conosco num sinal de comida e bebida (Jo 6, 32-40). Cada vez que a
comunidade realiza esse gesto, revive esse acontecimento; ela renova o
mistério de Jesus e o faz presente, vivo e verdadeiro entre nós (1Cor
11, 23-26). É através dessa
presença que Jesus nos dá força para vivermos como criaturas novas,
sempre recriando em nós o homem e fazendo que tenhamos os mesmos
sentimentos de Jesus. Nesse mistério é que a comunidade encontra seu
mais forte ponto de união e o ponto mais alto de sua vida. Ela celebra a
vida, o amor e nos transforma em Cristos vivos, sinais de amor de Deus
que salva. Essa participação em
Jesus da vida de Deus exige de nós uma mudança total de vida e uma
abertura para o irmão. Isso faz de nós mais ainda filhos de Deus e
comunidade de salvação que caminha no seguimento de Jesus. Essa
renovação da vida, morte e ressurreição de Jesus, onde Ele se oferece
como sacrifício ao Pai, e como alimento para nós, acontece na Missa. Nessa celebração da
comunidade, que é a missa, Jesus se oferece ao Pai e se dá a nós na
Palavra que ouvimos e refletimos - e na Comunhão como alimento de vida
eterna. Por isso mesmo a gente participa da missa. Não é uma obrigação,
mas é uma oportunidade de nos amarmos mais. É ai que a vida da gente
ganha novo sentido e aí nos renovamos. Quem quiser comungar bem precisa: Saber e acreditar que está recebendo Jesus vivo. Estar em paz consigo mesmo e com os outros, mesmo tendo problemas e dificuldades de cada dia. Evitar comidas
sólidas e bebidas alcoólicas uma hora antes da comunhão. Água e remédios
não impedem a comunhão. Aprender o modo de comungar de sua comunidade. Reconciliação e Penitência (Confissão) Deus, que é Pai, fez o
plano de viver com a pessoa humana. Acontece que a gente se desvia
desse plano, recusa a felicidade de viver com Deus e viver à maneira de
Jesus. É a realidade do pecado. Apesar do Batismo fazer renascer em nós o
homem novo e nos colocar novamente em Deus, nós muitas vezes preferimos
fazer tudo do nosso modo e segundo o nosso pensamento. É assim que
voltamos a pecar, nos enganamos e acabamos fazendo o mal para nós e para
os outros. Ficamos assim num desencontro com Deus, conosco mesmo, com a
comunidade e com o mundo. A consciência de
termos errado nos leva a procurar corrigir nosso erro, dar nova direção à
nossa vida e a voltar para a comunidade onde nos encontramos com Deus. O
sacramento pelo qual Deus nos perdoa e somos recebidos novamente na
comunidade se chama: Reconciliação e Penitência. É o Cristo vivo na
Igreja-Comunidade que nos perdoa e nos reconcilia com Deus, conosco
mesmo, com a comunidade e com o mundo. Esse gesto de amor nos dá a paz e
a certeza da vida de Deus em nós e a vida na fraternidade de Jesus que é
a comunidade. Em qualquer
celebração do perdão, seja na celebração comunitária, seja na confissão
individual com o sacerdote-representante de Jesus e da comunidade, damos
nova direção a nossa vida, reconquistamos a nós mesmos, a vida de Deus e
voltamos a ocupar nosso lugar na comunidade. É o sacramento da
misericórdia, do perdão e da alegria. Jesus veio salvar os pecadores e
nos libertar de nossa própria maldade. Como fazer uma boa confissão - Olhe sua vida e
olhe o Evangelho. Como pensamos e agimos diferentemente daquilo que
Jesus fez e ensinou. É o exame de consciência. - Quem ama, vê seus
erros, as conseqüências deles para si e para os outros. Tem vontade de
se corrigir e recomeçar, porque entende que precisa viver no amor. - É uma conversão.
Uma mudança de atitude para se unir mais com Deus e com os irmãos, para
assumir a vida e os compromissos cristãos. É renovar-se no Espírito de
Jesus. - Apresente-se à comunidade. Ela, em nome de Jesus, através de seu representante que é o sacerdote, o renova na graça do perdão. - A revelação de
pecados, é uma renovada manifestação perante a comunidade da
misericórdia e da fidelidade de Deus que nos ama gratuitamente. A Ordem Cada um de nós
recebeu de Deus dons especiais para exercermos um serviço na comunidade
(1 Cor 12, 4ss). São os carismas, graças do Espírito Santo para o
proveito de todos. O professor ensina, o médico exerce seu serviço, quem
sabe aconselhar ajuda os outros, etc. Há também diversos ministérios,
serviços especiais na comunidade: os que ensinam a Palavra de Deus,
levam conforto aos doentes, os que zelam pelos pobres, os catequistas. Mas há também um
ministério especial. Deus chama, através da comunidade, algumas pessoas e
lhes dá o poder de falar e agir em nome, no lugar e na força de Jesus.
Assim ele se torna ministro para um serviço muito especial na
comunidade. É o sacerdote, ou como costumamos dizer: o Padre. Pelo
sacramento da Ordem, ele é marcado por Deus e vai exercer esse serviço
em nome da comunidade. Ele participa do sacerdócio de Jesus que se
oferece continuamente ao Pai para a salvação de todos. O sacerdote é
escolhido entre os homens como mediador nas coisas que dizem respeito a
Deus para oferecer dons e sacrifícios, para nos dar a graça que é Jesus,
para nos ensinar sua Palavra e orientar a comunidade. Como Jesus, ele
se oferece a Deus Pai e aos irmãos num gesto de amor que realiza uma
presença especial de Deus entre nós. Na comunidade, cada
um de nós tem que rezar e valorizar seus sacerdotes. Bem como ajudar
aqueles que se preparam para essa missão. Como homem, ele é também
cercado de fraquezas e por isso precisamos apoiá-lo caminhar com ele na
amizade e na oração. Eles precisam sentir nosso carinho e nosso amor.
Ele também é da nossa comunidade. O Matrimônio O Matrimônio é um
sacramento que celebra o amor que naturalmente brota entre um homem e
uma mulher. É um projeto de fidelidade para sempre. É uma vocação. Deus
os chama para serem uma comunidade familiar pelo serviço no amor. Por amar muito, uma
pessoa se dá a outra e se preocupa em construir na pessoa do outro a
pessoa humana feliz à maneira de Jesus. E os dois juntos se tornam sinal
de Deus e presença de salvação (Ef 5, 25-33). Esse sacramento é
realizado pelas pessoas que se casam. Um juramento de amor por toda a
vida, uma entrega de sua própria pessoa. A realização desse
sacramento se faz num caminhar lento, no dia-a-dia. A Bíblia fala que
"os dois serão uma só carne, um só coração, uma só alma". E fiéis até o
fim, os dois se entregam a essa tarefa de construção de sua própria
felicidade na doação de si mesmo. O egoísmo que nos leva a pensar só em
nós é o grande pecado do casamento. Na alegria, na
tristeza, fiel um ao outro, no amor dos filhos, a família é um pequeno
espelho de Deus que também é uma família no amor. Deus Pai, Filho e
Espírito Santo. É a pequena igreja doméstica, sinal e presença de
salvação no mundo. Uma família que reza,
permanece na união. Somente cultivando uma vida cristã e piedosa é que a
família consegue superar todas as dificuldades da vida moderna e não
crer nas idéias erradas espalhadas no mundo de hoje. O Deus que abençoou o
início e a entrega que o casal fez de si mesmo, tem que estar presente
todos os dias. E o que Deus uniu e abençoou, o homem não separe (Mt 19,
3-6). Unção dos Enfermos O cristão sendo fiel a
Deus na saúde, deve ser fiel também no sofrimento e na velhice. Esse é o
sacramento que celebra esse momento. É o Cristo e a comunidade que
acompanham a gente na dor, na doença, na velhice, quando então
experimentamos o limite do humano em nós. É na doença e na
velhice que experimentamos à vezes a maior solidão, o desespero e
sentimos a angústia de existir, de não poder agir, de pensarmos que somo
inúteis. A comunidade nos dá então mais uma oportunidade de nos unirmos
ao sofrimento de Jesus e com Ele vivermos essa hora renovando o
mistério de sua Paixão e talvez o de sua Morte. No sofrimento nosso,
Jesus continua vivendo seu mistério de Paixão e Morte, para ressuscitar
conosco. Ele aparece nessa hora como a grande esperança, nos dá o perdão
dos pecados, o alívio no sofrimento e a graça de nos unirmos mais a Ele
na salvação do mundo (Tiago 5, 14-15). A fé nos leva a crer no poder de
Jesus que nos salva, a agradecer cada dia mais a graça da vida e a
graça de poder amar. O sofrimento não é
nossa infelicidade. Ele nos revela nosso limite humano; o limite de
nossa existência e nos ensina que aqui somos peregrinos a caminho do
Pai. Na doença mais grave,
na velhice, podemos receber esse sacramento como força de Deus que nos
dá a paz, perdoa nossos pecados, alivia nosso sofrimento, aumenta nossa
fé e renova nossa esperança: Jesus é o Senhor da vida. Deus é nossa
força e nosso consolo. Ele nos conduz com amor. Devemos Ter o maior
carinho com os doentes e pessoas idosas. Jesus está em cada um deles,
assim vemos no Evangelho: "Estive doente e me visitaste" (Mt 25, 36 ss).
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