“O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os salva” (Sl 33,8).
O Catecismo da Igreja diz que “a
existência dos seres espirituais, não-corporais, os anjos, é uma verdade
de fé”. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a
unanimidade da Tradição (n.328). Nenhum católico pode, então, negar a existência dos anjos.
Eles são criaturas pessoais e imortais, puramente espirituais, dotados
de inteligência e de vontade e superam em perfeição todas as criaturas
visíveis (cf. Cat. n.330). São Gregório Magno disse que quase todas as
páginas da Revelação escrita falam dos anjos.
A Igreja ensina que, desde o início até a
morte, a vida humana é cercada pela proteção (Sl 90,10-13) e pela
intercessão dos anjos. “O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem
e os salva” (Sl 33,8).
São Basílio Magno (†369), doutor da
Igreja, disse: “Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor
para conduzi-lo à vida” (Ad. Eunomium 3,1). Isto é, temos um Anjo da
Guarda pessoal. Jesus disse: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos,
porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem continuamente a face
de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).
A liturgia de 2 de outubro celebra os
Anjos da Guarda desde o século XVI, festa universalizada por Paulo V.
Ora, se a Igreja celebra a festa dos Anjos da Guarda é porque, de fato,
eles existem e cuidam de nós, nos protegem, iluminam, governam nossa
vida, ajudam-nos como ajudou Tobias. Mas para isso é preciso crer neles,
respeitá-los, não afugentá-los pelo pecado. Um dia, um rapaz me disse:
“Eu não vejo pornografia na internet, porque tenho vergonha de meu Anjo
da Guarda!”. A melhor homenagem a nosso anjo é viver uma vida sem
pecados, buscando, com a ajuda dele, fazer a vontade de Deus.
A Tradição da Igreja acredita que nosso
Anjo da Guarda tem a tarefa de oferecer ao Senhor as nossas orações,
apoiar-nos e proteger-nos dos ataques do diabo, que tenta nos fazer
pecar e perder a vida eterna. Então, nada mais importante do que ter uma
vida de intimidade com nosso anjo, invocando-o constantemente e
colocando-nos debaixo de sua proteção. Desde criança, aprendi com minha
mãe esta oração: “Santo anjo da minha guarda, a quem eu fui
confiado por celestial piedade, iluminai-me, guardai-me, regei-me,
governai-me. Amém.” Nunca deixei de rezar essa oração.
Então, o melhor a fazer é não fazer nada
sem pedir a luz, a proteção, o governo do bom anjo que o Senhor colocou
como guarda e custódio de nossa vida, do batismo até a morte. É por
isso que muitos Papas, como João XXIII, revelaram a sua profunda devoção
pelo Anjo da Guarda, sugerindo, como também disse Bento XVI, que
expressemos nossa gratidão pelo serviço que ele presta a cada um de nós e
o invoquemos todos os dias com o Angelus Dei.
O Santo Padre Pio teve um relacionamento
profundo com o Anjo da Guarda. São inúmeras as passagens da vida desse
santo com seu anjo e com o anjo dos outros. Certa vez, ele disse a uma
pessoa: “Nós rezaremos pela sua mãe, para que o seu anjo da guarda lhe
faça companhia”. Invoque o seu Anjo da Guarda, pois ele o iluminará e o
guiará no caminho de Deus.
Alguns perguntam se é possível saber o
nome do nosso Anjo da Guarda. A Igreja não fala sobre isso, ela apenas
conhece o nome dos três grandes Arcanjos: Miguel, Rafael e Gabriel.
Portanto, se alguém sabe o nome do seu anjo é uma revelação particular
que não tem a confirmação da Igreja.
O mais importante é termos um relacionamento vivo e fervoroso com o nosso bom anjo protetor durante toda a vida.
fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/quem-e-o-meu-anjo-da-guarda/
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