segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amamentação: um vínculo amoroso

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Mais do que um ato que atende as necessidades físicas, é um ato de amor

Mais do que um ato que atende necessidades físicas, um ato de amor.
A evolução da humanidade mostra que a amamentação sempre esteve presente na vida das famílias; citada, inclusive, na Bíblia. Religiões citam em seus escritos a questão da amamentação. No Egito, no ano 30 antes de Cristo, fala-se que as crianças eram amamentadas pela mãe até os 3 anos de idade.

Em nosso tempo, muitas campanhas são realizadas a favor deste gesto tão importante ao bebê. Os benefícios vão além do ganho de imunidade e benefícios físicos, mas especialmente a formação dos laços afetivos que se dão neste ato. Mais do que preocupações estéticas que muitas mães manifestam, é importante que, desde a concepção, seja feita a conscientização da importância física e afetiva do ato de amamentar.

O gesto da amamentação é uma das primeiras experiências externas que promove a sensação interior de autoestima no bebê, valorizando a troca existente entre ambos - mãe e filho. Estimula-se, então, nas mães que por alguma limitação não podem amamentar, que mesmo assim sigam o ritual que envolve este ato. O contato do calor da mãe, o olhar, o toque... Tudo isto favorece, e muito, as experiências de amor e gratificação.

O vínculo afetivo é conduzido no ambiente intrauterino através da troca carinhosa e da comunicação, vital para o bem-estar e os primeiros estímulos de amor. Por ser uma vivência gradual e crescente, o tempo e o amor podem dar o verdadeiro sentido do amor e experiência ao bebê, suprindo suas necessidades mais elementares: ser sustentado em suas necessidades físicas/fisiológicas básicas. Mesmo que não seja por sua mãe biológica, a experiência de alimentar o bebê vai, então, conduzindo esta criança a um crescimento e amadurecimento saudáveis.

Os estudos acerca do vínculo afetivo, provam que os bebês, independente do lugar onde vivam, ao receber do seu cuidador uma série de cuidados, podem sobreviver e superar dificuldades pela proximidade que têm com este cuidador, incluindo aí a relação do amamentar.

O crescimento e o desenvolvimento positivo de uma criança vêm da relação que ela mantêm com seus pais ou seus cuidadores, mesmo que não sejam os pais biológicos; ou seja, é importante que a criança possa
ter figuras de referência e com isto, sentir-se apoiada e acolhida.

O apego é uma necessidade tão importante quanto a água, o alimento e o sono, visto que a criança que se sente protegida terá maior probabilidade de tornar-se um adulto que manifeste segurança e capacidade de sentir-se amado.

O seio materno é um dos primeiros objetos de amor do bebê, e o ato de alimentar a criança é a possibilidade de introjetar sentimentos positivos ao bebê pelo ato de amor aí representado.

Vale lembrar que a decisão de amamentar está muito ligada ao conceito e ao siginificado que a mãe dá a este ato e, é claro, pode ser influenciada pela maior ou menor disponibilidade emocional, social, econômica e até mesmo cultural. Fica, então, a dica para que as gestantes possam conhecer mais sobre a realidade da amamentação, bem como as alternativas afetivas que possam ter no caso da ausência do leite ou qualquer impossibilidade em realizar este gesto.

Dicas sobre amamentação:

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Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp


01/08/2011 - 08h00

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